Roadie

road·ie  (rd)
n. A person who loads, unloads, and sets up equipment and often performs errands for musicians on tour; Informal a person who transports and sets up equipment for a band or group

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É impressionante como, em momentos nos quais você se sente preso, aparecem oportunidades de largar tudo e ir embora. Na semana passada, enquanto navegava na internet tentando, em vão, completar algumas tarefas para a faculdade, encontrei o site What The Fuck Should I Do With My Life e uma entre tantas ideias oferecidas pelo site era:




Ser um roadie é a possibilidade de estar a favor da música mesmo quando não se tem a menor habilidade para ela (como é o meu caso). É a possibilidade de viajar por cidades que nunca imaginei passar, conhecer pessoas que talvez nunca mais verei na vida. De voltar para casa com uma experiência de mundo.

Quando escolhi ser jornalista, escolhi também buscar a música. Sei que sou relapsa por não ter um blog sobre música, mas nunca deixei a vontade de lado. Próxima do fim da faculdade - um momento que, por mais que eu queira que aconteça, começa a me assustar - consegui um trabalho em um selo distribuidor carioca e me vi mais próxima da música do que nunca estive antes (Ainda assim, não comecei o blog). Sei que me falta alguma experiência que me impulsione a escrever. Talvez um curso, talvez uma leitura com mais afinco em artigos de blogs, sites e revistas. Talvez só me falte sair da inércia.

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Se você quiser ser um blogueiro de música, a dica está na imagem:

Autodisciplina

autodisciplina (au-to-dis-ci-pli-na)
s.f. Disciplina que um indivíduo ou um grupo voluntariamente se impõe.

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É engraçada a maneira que nosso subconsciente atua. Há alguns dias, algo inexplicável me trouxe uma vontade de ler o livro "A Magia e o Mago". Como Adepta aos ensinamentos da antiga religião e sem praticar há muito tempo, acreditei que fosse um chamado interior para o reforço da minha religiosidade (sim, eu acredito nisso). Porém, ao iniciar a leitura, me deparo com o que seria o carro-mestre da prática dos ensinamentos dos magos: a autodisciplina.

Nunca fui uma das pessoas mais disciplinadas que conheço. É raro que consiga fazer uma tarefa por muito tempo, sem interrupções que duram horas ou dias. Com dinheiro, os impulsos sempre falaram mais alto, criando buracos no orçamento de maneiras que ainda acho incrível não ter me encrencado mais.

Mas existe um momento que o organismo pede que tudo mude. E este momento bateu a minha porta e não foi de forma tão inesperada. Às vésperas do término da faculdade, cada dia mais próxima da independência por livre e espontânea pressão, acredito que está na hora de rever a forma de lidar com os mais pequenos problemas do dia a dia.

Até nas questões mais simples nas quais qualquer obstáculo se torna um péssimo motivo para deixar tudo para trás. Por exemplo: sou jornalista sem uma plataforma decente de exposição do me trabalho por pura indisciplina. É difícil mensurar o quanto esse comportamento me prejudica uma vez que sempre existe um jeitinho ou uma outra opção para cada porta que se fechou por causa dos meus atos.

Se fosse possível enumerar todas as promessas já feitas e sem resolução, eu estaria sinceramente envergonhada. E se eu tivesse as cumprido com a disciplina que meu organismo anseia, muito provavelmente já teria alcançado diversos objetivos e construído outro mais maduros e mais próximos da construção de um futuro de realizações de diversas formas. 

Não serão as listas e conselhos de facebook que vão me trazer algum conforto ou solução.
Chegou a vez de eu por eu mesma. Desejem-me força.

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"Você nunca deveria ter aberto essa porta"


"Da noite pro dia, o punk tinha se tornado tão estúpido quanto tudo o mais. Aquela maravilhosa força articulada pela musica na real tinha a ver com corromper todas as formas – tinha a ver com defender que os garotos não esperassem que lhes dissessem o que fazer, mas fizessem a vida por si mesmos; tinha a ver com tentar fazer as pessoas usarem sua imaginação de novo; tinha a ver com não ser perfeito; tinha a ver com dizer que tudo bem ser amadorístico e engraçado, que a verdadeira criatividade vinha de se fazer lambança; tinha a ver com trabalhar com o que você tinha na sua frente e transformar tudo de estranho, medonho e estúpido da sua vida em pontos a favor."

- Legs McNeil .